sexta-feira, 19 de julho de 2013

Radiação solar e o Câncer de Pele

Disponível: http://www.negocioestetica.com.br/radiacao-solar-e-o-cancer-de-pele/

O câncer de pele é um grave problema de saúde pública. Ele é provocado, principalmente, pelas mudanças de hábito da população com relação à exposição solar


O Sol é essencial para a vida na Terra e seus efeitos sobre o homem dependem das características individuais da pele exposta, intensidade, freqüência e tempo de exposição, que por sua vez dependem da localização geográfica, estação do ano, período do dia e condição climática. Estes efeitos trazem benefícios ao ser humano, como sensação de bem-estar físico e mental, estímulo à produção de melanina com conseqüente bronzeamento da pele, tratamento de icterícia, dentre outros. Porém, a radiação solar também pode causar prejuízos ao organismo, caso não se tome os devidos cuidados quanto à dose de radiação solar recebida (Flor, Davolos e Correia, 2007).
O espectro solar que atinge a superfície terrestre é formado predominantemente por radiações ultravioletas (100–400 nm), visíveis (400–800 nm) e infravermelhas (acima de 800 nm). Nosso organismo percebe a presença destas radiações do espectro solar de diferentes formas. A radiação infravermelha (IV) é percebida sob a forma de calor, a radiação visível (Vis) através das diferentes cores detectadas pelo sistema óptico e a radiação ultravioleta (UV) através de reações fotoquímicas. Tais reações podem estimular a produção de melanina cuja manifestação é visível sob a forma de bronzeamento da pele, ou pode levar desde a produção de simples inflamações até graves queimaduras. Também, há a possibilidade de ocorrerem mutações genéticas e comportamentos anormais das células, cuja freqüência tem aumentado nos últimos anos.
O câncer de pele é um grave problema de saúde pública devido ao aumento em sua incidência, provocado principalmente pelas mudanças de hábito da população mundial com relação à exposição solar. No período de 1973 a1994, a incidência do câncer de pele do tipo melanoma aumentou em 120,5%, e a taxa de mortalidade, para 38,9%. Nos Estados Unidos, o risco de desenvolver melanoma foi de um para 1.500, em 1935; um para 250, em 1980; e um para 74, em 2000. Nas últimas décadas ampliou-se o conhecimento referente à etiologia do câncer de pele e identificou-se a radiação ultravioleta como um dos principais agentes envolvidos.
A prevenção do câncer de pele, no adolescente e no adulto jovem, é importante por ser nessa faixa etária que os indivíduos permanecem grande parte do tempo ao ar livre. Grandes esforços estão sendo empreendidos para melhorar o comportamento das crianças em relação à exposição solar, mas poucos programas de prevenção do câncer de pele são dirigidos aos adolescentes. Apesar de essas campanhas de prevenção darem ênfase aos riscos da exposição solar, os dados da literatura demonstram que 50% dos adolescentes bronzeiam-se intencionalmente e, quando ao sol, pouco aplicam o filtro solar ou usam chapéu e camisa, ficando assim expostos excessivamente à radiação durante o verão (Costa e Weber, 2004).
A necessidade do uso de protetores solares, também denominados foto protetores, é uma realidade indiscutível e acompanhando esta tendência o mercado oferece sua resposta (Araújo e Souza, 2008). Em 2002, este mercado faturou R$ 586,5 milhões e em 2011 este valor foi de R$ 1486,6 milhões. Tais números não somente revelam a crescente importância deste segmento, como também sugerem o enorme potencial de crescimento para os próximos anos. Além do aspecto mercadológico, o grande enfoque para este setor baseia-se na indiscutivelmente real necessidade da foto proteção.Considerando que grande parte da população brasileira se expõe muito ao sol e de forma descuidada, seja por trabalho ou por lazer, e que o país situa-se numa zona de alta incidência de raios ultravioleta, nada mais previsível do que a alta ocorrência de câncer de pele.
Neste sentido, e com o objetivo de oferecer preparações com maior eficácia, ou seja, produtos com melhor eficiência de proteção, maior estabilidade química e mais acessíveis à população, o segmento tem exigido dos formuladores grande aperfeiçoamento técnico e dos fabricantes de matéria-prima, pesquisa e desenvolvimento de novos filtros solares (Flor, Davolos e Correia, 2007).

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