O folículo pilossebáceo localiza-se na derme e está praticamente por toda superfície corporal. É composto por células germinativas, queratinócitos e melanina. Os folículos se formam já nos primeiros meses de vida e sua quantidade está relacionada diretamente com alguns fatores, em especial, o fator genético. Após o nascimento não ocorre neoformação de folículos.
Os pelos tem função de proteção contra radiações, traumas, atritos, além de funcionarem como isolante térmico.
São classificados, basicamente, em três tipos:
Pelos propriamente ditos: grandes, grossos, pigmentados. Localizam-se basicamente na cabeça, face (barba), virilhas, axilas e púbis.
Velo: pelo incolor, fino e curto, recobre a maior parte da superfície cutânea, exceto as regiões palmar e plantar. Essas tem ausência de folículos pilosos e melanina, pela presença de uma camada a mais da pele nessas regiões, a camada lúcida.
Lanugo ou lanugem: pelos que recobrem o feto. Após o nascimento, este pelo cai e é substituído por outro mais forte e pigmentado.
Os fatores que influenciam no crescimento dos pelos podem ser:
Genéticos: em relação à quantidade, cor, qualidade, espessura e tipo.
Hormonais: hormônios sexuais (andrógenos, por exemplo) e tireoidianos, são os que mais afetam ou alteram o crescimento dos pelos.
Ambientais: Altas temperaturas estimulam o crescimento dos pelos pelo aumento do metabolismo.
Metabólicos: Falta de vitaminas e algumas dietas contribuem para diminuição no crescimento e até mesmo queda dos pelos e cabelos.
Emocionais: Ansiedade, depressão e estresse podem aumentar a queda de cabelos principalmente.
Tipos de pelos
Existem basicamente três tipos de pelos e estão intimamente relacionados ao fator genético e racial. São eles:
Mongolóide: da região da Mongólia, caracterizam-se por apresentar fios grossos, lisos, cilíndricos, pesados e resistentes.
Negróide: de descendência africana, caracteriza-se por um pelo fino, enrolado com fios achatados. É um pelo mais fraco e quebra com facilidade.
Caucasiano: da região do Cáucaso, caracteriza-se por ser intermediário entre as raças. Pelo ondulado e com resistência mediana.
Foliculite
A Foliculite é a inflamação do folículo pilossebáceo. Essa inflamação pode se dar por em diversas regiões do corpo ou face. As causas são basicamente desidratação e aumento da espessura da pele, atrito demasiado em algumas regiões, uso de vestimenta muito apertada e excesso de umidade e suor. Estes fatores acabam por dificultar e muitas vezes impedir a saída do pelo.
Associado a esses fatores, na maior parte das vezes, essa inflamação vem acompanhada, espontaneamente, da presença de bactérias, fungos ou até mesmo vírus, que tornam a aparência e os sintomas da foliculite mais acentuados e/ou infecção local.
Pessoas negras, de descendência caucasiana, com grande quantidade de pelos no corpo e/ou com imunidade baixa, tem maior predisposição a desenvolver foliculite, devido a dificuldade do pelo, mais frágil ou que já nasce em espiral, romper a barreira da pele e, assim, “encravar” mais facilmente.
Já no caso dos homens, é muito comum aparecer foliculite na região da barba, devido à espessura exagerada dos pelos masculinos nessa região e da falta de cuidado da maior parte dos homens com os cuidados com a pele como, higienização adequada, hidratação, entre outras.
Os sintomas da foliculite são coceira na região afetada, presença de pústulas, inflamação e dor.
O tratamento é primeiramente estético e se baseia em protocolos que utilizam equipamentos e cosméticos. Dentre esses estão o alta frequência, que irá ajudar na cicatrização e diminuição das lesões; esfoliantes visando diminuir a camada de células “mortas” da pele (extrato córneo); hidratantes e máscaras auxiliando na melhor emoliencia e hidratação da mesma.
Clientes mais graves devem ser encaminhados a um profissional dermatologista para verificar a necessidade de fazer um tratamento com uso de medicamentos tópicos ou via oral, que podem ser, dentre eles, antibióticos ou antifúngicos.
Porém é de extrema importância que o cliente se conscientize e siga a risca as orientações passadas pela sua esteticista, tais como:
- Higiene e uso adequado das técnicas de depilação/epilação (no caso dos homens, descartar o barbeador para evitar maior contaminação)
- Uso de vestimentas adequadas, que não causem atrito
- Hidratação diária da pele
- Esfoliação com produtos adequados (3 dias antes e após a depilação/epilação) afim de diminuir a resistência da pele à saída do pelo
- Evitar uso de piscinas não tratadas com cloro
Referencias Bibliográficas
Arantes, P.B., et.al., Curso Didático de Estética, vol II. São Paulo, Yendis, 2008
Gerson, J. Fundamentos de Estética 4. São Paulo, Cengage Learning, 2011
GUIRRO, E.C.O., Fisioterapia Dermato Funcional. 3 ed. São Paulo: Manole, 2002
PEREIRA, M.F.L., ET.al., Série Curso de Estética. São Paulo: Difusão, 2013
SAMPAIO, S.A.P.; RIVITTI,E.A. Dermatologia. 2.ed. São Paulo: Artes Médicas, 2000
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