quarta-feira, 26 de junho de 2013

Como eu trato: “Olheiras”

Disponível: http://www.negocioestetica.com.br/author/marcia-consulin/

Apesar de afetar ambos os sexos, acarreta muito incômodo às mulheres


 hipercromia cutânea idiopática periorbital (HCIP) vulgarmente conhecida como “olheiras” é considerada uma melanose. Apesar de afetar ambos os sexos, acarreta muito incômodo às mulheres, diminuindo a sua auto estima e interferindo na qualidade de vida.
Sua etiopatogenia é desconhecida, mas aventa-se a hipótese de causas multifatoriais envolvidas.
• Teoria vascular: vinculada à herança familiar autossômica dominante, comum em alguns grupos étnicos, tais como: árabes, turcos, hindus e ibéricos. É possível visualizar a transparência dos vasos sanguíneos sob a pele, quando a mesma tracionada. A hipercromia seria resultado da presença de hemossiderina na região.
• Teoria melânica: vinculada aos efeitos da exposição solar contínua e cumulativa (actinosenescência) associada ao envelhecimento cutâneo fisiológico (cronosenescência), que gradativamente vai deixando a pele fina, com lassidão e acúmulo de melanina na região.
Antes de iniciarmos um tratamento dermato funcional, devemos solicitar uma avaliação médica a fim de se afastar a possibilidade da HCIP ser causa secundária de doenças sistêmicas, auto-imunes ou neoplasias. Como por exemplo, Doença de Addison, tumores pituitários, distúrbios tireoideanos, síndrome de Cushing, etc…
A carboxiterapia é um procedimento minimamente invasivo, utilizada como recurso próprio da Fisioterapia Dermato Funcional, segundo Acórdão nº 293 de 16 de junho de 2012 publicado pelo Conselho Federal de Fisioterapia.
Por meio de uma puntura bastante superficial, realizamos a infusão controlada de CO2 até visualizarmos uma importante distensão tecidual com conseqüente descolamento dérmico.
Esta técnica quando utilizada para o tratamento da HCIP tem como objetivo, promover a neoangiogênese, melhorando a perfusão sanguínea e minimizando a estase microcirculatória do local. Como também a neocolagênese induzida, promove uma maior deposição de fibras colágenas, aumentando a espessura e a resistência tênsil da pele.
É válido ressaltar que o procedimento não é único, isto é, faz parte de um programa terapêutico que inclui várias repetições realizadas dentro de um ciclo de tratamento com frequências determinadas de acordo com a avaliação das características individuais de cada caso.
Vários ativos cosméticos com diferentes mecanismos de ação (despigmentantes, venotônicos, anti-edematosos, anti-oxidantes, anti-inflamatórios, hidratantes, regeneradores) podem estar associados em uma mesma formulação e usados pelo paciente como coadjuvante à técnica de carboxiterapia.
Entre os mais comumente indicados na prática clínica estão: eye contor complex, lipossomas de ginkgo biloba, biorusol II SCA, dermatan sulfato 30, regu-age, vitamina K1, VC-IP, eye liss, lotus rutina, rutiderme, remoduline, phytopingosine entre outros.
E por fim, caso não seja possível o acesso a um bom profissional que domine a técnica de carboxiterapia, é possível recorrer a truques que disfarçam a HCIP por meio de maquiagem corretiva disponível no mercado.

Bibliografia

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Souza, Daniela Moraes; Ludtke, Cristiane; Souza, Emanuelle Rios de Moraes; Scandura, Karina Melchiades Pinheiro; Weber, Magda Blessmann. Hiperpigmentação periorbital. Surg. cosmet. dermatol ; 3(3)set. 2011.
Teixeira, Viviane; Badin, Ana Zulmira Diniz; Ottoboni, Eduardo; Bailak, Miguel; Salles Júnior, Guataçara S; Vieira, João Cantor; Itikawa, Willian M. Tratamento da hipercromia cutânea idiopática da região orbital com Erbium Laser: uma avaliação retrospectiva. ACM arq. catarin. med;36(supl.1): 76-79, jun. 2007.

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