segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Subcision no Tratamento da Celulite



Disponível: http://www.sbcd.org.br/procedimentos.php?id=85

Subcision® é a técnica cirúrgica usada para a correção de rugas e sulcos da face, cicatrizes deprimidas e outras alterações do relevo cutâneo, incluindo a celulite.
Subcision® é a técnica cirúrgica usada para a correção de rugas e sulcos da face, cicatrizes deprimidas e outras alterações do relevo cutâneo, incluindo a celulite. Em tais alterações, a pele encontra-se retraída por septos fibróticos subcutâneos do sistema musculoaponeurótico superficial (SMAS).

A palavra Subcision® é originada do termo em inglês, Subcutaneous Incisionless Surgery que, na língua portuguesa, significa cirurgia subcutânea sem incisão. Foi descrita e registrada em 1995 por Orentreich e Orentreich, como uma nova alternativa cirúrgica para a correção de rugas e cicatrizes deprimidas da face.
Em 1997, no Brasil, a técnica foi indicada, pela primeira vez, para o tratamento da celulite. Hexsel e Mazzuco (1977) sugeriram a técnica para o tratamento da celulite de grau avançado e, em 2000, publicaram o passo-a-passo do procedimento cirúrgico. Com a técnica Subcision®, as traves fibrosas subcutâneas são seccionadas para liberar a tração que elas exercem sobre a pele. No procedimento cirúrgico são também seccionados vasos sangüíneos, presentes junto aos septos, resultando na formação de hematomas. Esses hematomas, estimulam a formação de um novo tecido conjuntivo, que vai atuar preenchendo o local tratado e redistribuindo a gordura, as forças de tração e tensão (Heysel et al.2003).

A Subcision® é também utilizada para o preenchimento cutâneo corrigindo as depressões do relevo cutâneo que aparecem após a lipoaspiração, nas cicatrizes deprimidas, nas áreas doadoras de gordura para enxertos, em áreas pós-traumáticas ou em doenças inflamatórias subcutâneas. Contudo, essa técnica não é indicada para a correção da celulite de graus mais leves, como os graus I e II, nem para o tratamento de flacidez ou de gordura localizada. Estas duas últimas condições podem estar associadas a piora do quadro da celulite já instalada ou serem confundidas com uma celulite de grau III. Na celulite, os resultados são diretamente relacionados com indicação correta, adequada avaliação pré-operatória e seguimento das orientações pós-operatórias, especialmente quanto ao uso de roupas compressivas, durante 30 dias, que delimitarão a extensão do hematoma e promoverão uma recuperação mais rápida.

O procedimento da Subcision® é simples e seguro, mas só pode ser realizado por médicos, preferencialmente com experiência no procedimento. É um procedimento de custo relativamente baixo, que pode ser utilizado em várias condições clínicas como cicatrizes, rugas, celulite e alterações pós-lipoaspiração. Antes da realização do procedimento é preciso realizar uma avaliação clínica do paciente e a exames laboratoriais. Eles detectarão as condições que poderão comprometer a cirurgia ou a saúde do paciente. É importante a investigação de distúrbios da coagulação, história de tabagismo, fatores nutricionais, infecção ativa no local, uso de medicamentos e reações adversas ao uso destes, presença de cicatrizes atróficas e história de cicatrizes hipertróficas ou quelóides. Além disso, o número necessário de sessões operatórias dependerá do tamanho, profundidade e localização do defeito, da tendência individual de formação de colágeno e da intensidade do procedimento utilizado.

Referências bibliográficas
Hexsel D.M.; Gobbato D.O.; Mazzuco R.; Hexsel C.L.. Subcision®.In: Kede, MP, Sabatovich O(Eds). Dermatologia estética. São Paulo, Editora Atheneu, 2003. p.350-57.
Hexsel D.M.; Mazzuco R. Subcision: a treatment for cellulite. Int J Dermatol. v.39,n.7, p.539-594,2000.
Hexsel D.M.; Mazzuco R. Subcision: uma alternativa cirúrgica para a lipodistrofia ginóide (?celulite?) e outras alterações do relevo corporal. An Bras Dermatol. v.72, p.27-32, 1997.
Orentreich D.S.; Orentreich N. Subcutaneous incisionless (Subcision) surgery for the correction of depressed scars and wrinkles. Dermatol Surg. p.21, p.543-549, 1995.

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